Algo muito discutido na comunidade científica dedicada à estética é o envelhecimento cutâneo. Esse processo natural e gradativo ocorre em todos os níveis celulares com as particularidades de cada tecido. A deterioração morfológica e fisiológica impacta os órgãos, como todos os outros, a pele também sofre alterações decorrentes deste processo de envelhecimento recebendo grandes impactos externos e fisiológicos, por estar muitas vezes exposta a radiação UV e aos fatores agressores do meio ambiente. Com o envelhecimento a pele apresenta rugas (estáticas ou dinâmicas), há perda de resistência, elasticidade e viço.
Como recurso de tratamento de tantas alterações estéticas, temos a carboxiterapia ou infusão de CO² Medicinal, que é um procedimento minimamente invasivo que utiliza a infusão de anidro carbônico (CO² Medicinal) por via intradérmica.
O uso medicinal do dióxido de carbono (CO2) não é novo. Em 1932, na Estação Termal do Spy de Royat, na França, o CO2 foi utilizado em portadores de arteriopatias periféricas. Os pacientes eram submetidos a banhos secos ou de imersão em água carbonada. Em 1953, após 20 anos de experiência, o cardiologista Jean Baptiste Romuef publicou os resultados do uso terapêutico por via subcutânea. O tema permaneceu por quatro décadas no esquecimento, sendo retomado nas décadas de 1980 e 1990, com alguns trabalhos direcionados para a cirurgia vascular.
O que pode ser relativamente nova é a aplicação com finalidades estéticas. A utilização se estende da celulite (lipodistrofia ginoide) à flacidez e estrias, às cicatrizes inestéticas e ao tratamento complementar nas lipoaspirações para reduzir as irregularidades e diminuir o aspecto “enrugado” da pele, pela melhora da elasticidade cutânea. Esses benefícios decorrem da promoção de vasodilatação arteriovenosa local, aumento do fluxo sanguíneo da região, drenagens sanguínea, linfática e da lipólise, resultando, por conta dessas ações, maior disponibilidade de oxigênio para o tecido, aumento no turnover de colágeno e redução da quantidade de tecido adiposo.
A Carboxiterapia é uma técnica no qual o gás carbônico (CO2) é injetado no tecido subcutâneo através de uma agulha hipodérmica, por intermédio de um aparelho específico, hoje podemos contar com diversas marcas e modelos, uns com gás aquecido, que diminui a sensação desconfortável. Mas devemos ter cuidado, em muitos casos não se deve usar o gás aquecido, como em um quadro de celulite inflamatória. O CO2 é um potente vasodilatador, promovendo o aumento do aporte sanguíneo no tecido subcutâneo e, consequentemente, aumentando a oxigenação e a nutrição tecidual. O CO2, por sua vez estimula uma resposta inflamatória mediante a uma “agressão” física que promove entre os tecidos, estimulando a reparação do tecido lesado através da proliferação de pequenos vasos sanguíneos neoformados e de fibroblastos. O processo inflamatório estimula a migração de fibroblastos e diversas moléculas que compõem o tecido conjuntivo para a região tratada. Os fibroblastos, por sua vez, realizam a síntese de colágeno. Todo esse processo promove a reconstituição do tecido, além do rearranjo das fibras colágenas. Com a derme momentaneamente mais irrigada, torna-se mais suscetível a absorção dos princípios ativos de fármacos específicos, aumentando a eficácia do tratamento.
A técnica é muito eficaz e segura para o tratamento do rejuvenescimento de face e pescoço. Com redução das rugas e flacidez tissular, devido ao aumento da síntese de colágeno. O medinho que muitas pessoas têm em relação à técnica se justifica pelo uso da agulha no procedimento, mas o desconforto na aplicação da carboxiterapia na face e no pescoço é muito menor que o da aplicação em partes do corpo como glúteos e “bananinha”. Outro ponto que supera em muito o pequeno desconforto momentâneo, é o resultado, que já se faz notar desde a primeira aplicação. A pele “volta à vida”, se mostra com muito mais viço e os sinais de envelhecimento são minimizados.
Como protocolo inicial, recomendamos entre 5 e 10 aplicações com intervalos que podem variar de 1 semana a 30 dias entre uma e outra, a depender de fatores avaliados durante anamnese, como idade, tipo de pele, cuidados pessoais, entre outros.
Vale a pena experimentar! Com ótimos resultados a carboxiterapia é um dos procedimentos que apresenta melhor custo-benefício.
Responsável pela Clínica Bell’Anima, Daisy Teixeira Oliveira é Fisioterapeuta (CREFITO 98796F). Clique aqui e veja pacotes de carboxiterapia em Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Canoas.