Com as Paraolimpíadas dobrando a esquina, as nossas atenções estão mais do que nunca voltadas para os deficientes físicos. Por esse motivo, é muito legal quando a gente encontra trabalhos como o de Izzy Camilleri, estilista que prova que a moda pode ir além da aparência. A designer atua no mercado há 30 anos e passou metade desse tempo dedicando-se a linha de roupas adaptáveis. O que isso significa? Basicamente, entender as limitações das pessoas que usam cadeiras de rodas e, a partir daí, desenvolver soluções em roupas confortáveis e que não machuquem. A dedicação foi tanta que hoje em dia ela possui sua própria linha de fast-fashion inclusiva para homens e mulheres, a IZ Collection.
Izzy sempre levou seu trabalho muito a sério. Não à toa, coleciona nomes como David Bowie e Angelina Jolie na lista de pessoas que já usaram suas peças. A confecção de roupas adaptáveis começou por acaso quando a repórter e ativista canadense Barbara Turnbull pediu uma capa de camurça que coubesse em sua cadeira de rodas. “Ela estava me explicando com todo amor como a capa deveria ser”, lembra Camillieri. “Ela também foi muito paciente comigo porque eu fiz um monte de perguntas”.
A capa foi um hit tão grande, que ela fez uma versão em cashmere e outra em jeans. A partir daí, ela foi ganhando mais clientes e desenvolvendo outras peças e passou cinco anos estudando moda para cadeirantes. “Eu realmente precisava entender tudo sobre o que eu estava fazendo, se não, poderia facilmente machucar alguém”.
Por ser uma fast fashion, a marca se caracteriza por estar sempre atualizada com as últimas tendências do mundo da moda, rompendo com o paradigma de produzir só roupas básicas e sem informação de estilo para os cadeirantes. O que está bombando nas revistas e vitrines de qualquer loja também pode ser encontrado na IZ Collection.
Com vendas exclusivamente online e entrega global, a label tem atraído consumidores do mundo todo. Quer mais uma notícia boa? A marca reverte 10% dos lucros das vendas para organizações focadas em acessibilidade e assistência à cadeirantes. Taí a prova de que a moda pode – e deve – ser acessível para todos!
Fonte: M de Mulher