Por Roberta Passos, Clínica Sagitta
Diz a sabedoria popular que as mãos sempre denunciam o avanço da idade. Tal afirmação está fundamentada em aspectos de fato verídicos, como a maior vulnerabilidade dessa região ao fotoenvelhecimento, produtos químicos, inúmeras lavagens e a falta de cuidados diários relacionados ao uso de cosméticos e filtro solar. Contudo, considerando a atual gama de procedimentos disponíveis para contornar as ações do ambiente e do tempo, as mãos não precisam mais obrigatoriamente revelar o passar dos anos.
Dentre os primeiros sinais capazes de mobilizar a busca por um tratamento estético, podemos citar o surgimento de hipercromias no dorso das mãos, popularmente conhecidas como manchas senis: melanoses acastanhadas resultantes da ação do sol ao longo dos anos.
Um tratamento muito recomendado para essa condição é o peeling químico com ácido tricloroacético. Trata-se de um agente cáustico muito versátil, manipulado em concentrações bastante variadas, aplicado inclusive em muitos tratamentos fora do contexto da estética. Quando direcionado ao tratamento dessas melanoses, aplica-se o produto pontualmente sobre cada uma delas em concentração elevada e apresentação aquosa. Logo em seguida, utiliza-se na região como um todo o mesmo produto, mas em concentração mais baixa, na forma de pasta e deixamos por alguns minutos objetivando um efeito mais homogêneo.
No decorrer dos dias pós tratamento, formam-se pequenas crostas escuras e aderentes no local de cada mancha, as quais desprendem-se dentro de uma semana, acompanhadas de uma descamação mais fina nas demais zonas tratadas. Por uma questão de estética e cuidado, recomenda-se utilizar luvas com fator de proteção solar no período de recuperação, sendo que posteriormente elas ainda podem ser úteis para evitar a recidiva das manchas, em especial quando utilizadas ao dirigir por longos períodos evitando a exposição direta do dorso das mãos aos raios solares.
O procedimento é rápido, confere um ardor extremamente suportável e restrito aos minutos da sua aplicação. Esses pequenos contratempos acabam sendo irrelevantes perante a eficiência da técnica, a qual na maioria das vezes não demanda mais do que apenas um encontro para atingir o objetivo desejado: recuperação da tonalidade homogênea e retração do tecido.
É válido mencionar que nos casos mais avançados de envelhecimento, além das manchas, chama a atenção a presença de veias e tendões mais evidentes pela perda de volume na região. A retração do tecido em função do peeling químico contorna em parte esse aspecto, mas para recuperar efetivamente o contorno é preciso a associação com preenchedores, outra técnica simples e eficaz, com a vantagem de resultados imediatos e sem período de recuperação.
Roberta é Biomédica, mestre em Medicina: Ciências Médicas, pós graduanda em Cosmetologia Estética e especialista em lipo sem cirurgia, liftinfg sem cirurgia, fotorejuvenescimento a laser, peelings químicos, intradermatoterapia, mesoterapia, hidrolipoclasia, depilação a laser, remoção de tatuagem a laser, preenchimento facial e corporal e botox.