Quando a gente viaja para o exterior, muitas vezes voltamos com várias caixinhas de melatonina na mala, já que até pouco tempo atrás a substância não era comercializada no Brasil. Conhecido como o “hormônio do sono”, a melatonina precisa da ausência de luz para ser produzida, e faz uma espécie de sincronização do organismo, garantindo que ele funcione de forma adequada durante o dia seguinte.
Encontrada facilmente em farmácias e lojas de suplementos nos Estados Unidos, a substância agora pode ser comprada legalmente por aqui, mas com um detalhe: apenas sob prescrição médica. A decisão foi tomada pela juíza Maria Cecília de Marco Rocha, da 3ª Vara Federal do Distrito Federal, que determinou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorize a importação e a comercialização do hormônio melatonina como insumo farmacêutico, destinado à manipulação de medicamentos. Até o momento a única empresa apta a vender o hormônio é a Active Pharmaceutica.
Vale lembrar que comprar a melatonina, iguais àquelas que podem ser trazidas do exterior nas bagagens de mão ou mesmo as importadas via internet (desde que com receituário médico), ainda não será possível no Brasil. Essa versão é a chamada melatonina industrializada e, de acordo com informações da Anvisa, não tem a comercialização liberada porque precisa do registro da própria agência – não porque a substância seja proibida no país.
Mas nem todo mundo precisa ingerir a substância. Em ambientes escuros e calmos, os níveis de melatonina aumentam, melhorando o sono, e é para isso que, normalmente, as pessoas buscam a versão medicamentosa. No fim das contas, nada é tão eficaz para a saúde do nosso corpo e mente quanto uma noite bem dormida – e, para isso, é preciso desligar os aparelhos eletrônicos cerca de duas horas antes do sono. Tarefa complicada para os dias de hoje, mas que vale o investimento para uma rotina mais saudável.